sexta-feira, maio 16, 2008






Fotos: Valéria Lopes






tramas, tranças e cestarias


Em tramas, tranças e cestarias procuro desenvolver um diálogo entre as artes plásticas e o artesanato. Recorro à técnica da trançagem e a diversidade de materiais como: couro de boi, plásticos, borrachas e papéis. Entrelaçando esses elementos em telas convencionais pintadas em outros tempos. Às vezes são trabalhos antigos com mais de dez anos, suportes de outras propostas e que agora, recorto e faço filetes. Um exercício de paciência em busca de manter constante e atual o passado, uma forma de trazer o antes ao agora e recorrer ao passado para refazer o presente. O resultado são imagens ricas em efeitos de óptica, surpreendente pelas tramas criadas, que descaracterizam o antes visível a favor de uma nova imagem, em uma outra situação. Uso mais o estilete que o pincel, como forma de destruir para reconstruir, de fazer um novo trabalho, agregando outras cores e outros materiais, afinal são outras emoções. Respeito e desrespeito com o já feito e visto. Em alguns desenhos, uso ferros de construção, linhas trespassadas geometricamente como queria Mondrian, numa natureza com dois ritmos fundamentais - o vertical e o horizontal.


Plots, Braids and baskets


In Plots, Braids and Baskets I seek to develop a dialogue between Fine Arts and Popular Art. I make use of braiding technique and of a diversity of materials such as: bull leather, plastic, rubber and paper. I interlace these elements in conventional canvas painted at other times. Some times they are older pieces of work created more then ten years ago, sketches of past proposals that I now cut and make into threads. An exercise of patience in search of maintaining the past current and constant, a way of bringing the past to the present and returning to the past to remake the present. The results are rich images with optical effects that are surprising for the created plots, taking away the characteristics that were visible before in favor of a new image, in a different situation. I use the blade more than the brush as a form of destroying to reconstruct. Creating a new work, adding other colors and other materials, after all there are different emotions. I respect and disrespect what has been done and seen. In some drawings, I use iron from construction structures, lines overstepped geometrically as it has been naturally done by Mondrian, with two fundamental rhythms: the vertical and the horizontal.